A inclusão escolar da criança com necessidades especiais
ainda é uma barreira a ser vencida na escola. Inúmeros são os desafios e
especulações a respeito da inclusão escolar de crianças com deficiências,
por existirem complexas barreiras na organização educacional em nosso país
e, por seguirem procedimentos equivocados e ineficientes.
Podemos
entender como inclusão o acesso, ingresso e permanência de crianças com
necessidades especiais em escolas regulares independente de serem públicas ou
privadas. Além disso, têm
incluído nessa condição crianças que não respondem às aprendizagens ou aos
conteúdos programáticos. Dificuldade de aprendizagem requer
avaliação especializada, geralmente há necessidade do diagnóstico de uma psicopedagoga e fonoaudióloga para buscarem intervenções
adequadas. Porém, na maioria das
vezes essa criança recebe uma educação diferenciada por parte da família e da
escola, o que pode desencadear problemas
emocionais em diversos níveis por permanecerem por longo período no lugar de
quem "não pode". A condição de desacreditado pode gerar sérios comprometimentos
cognitivos e emocionais desencadeando limitações motoras e dificuldade de socialização.
Parece que não há ainda
um lugar na escola regular nem para a criança com necessidades especiais, nem
mesmo para a que se apresenta com dificuldades no seu processo de aprendizagem.
Nesse caso, a escola pode pensar na
inclusão do psicopedagogo no seu time para intermediar as questões que fogem do
pedagógico. Nesse caso, o papel da psicopedagoga na escola seria facilitar o processo
de inclusão do aluno com necessidades especiais e, acompanhar aqueles cujas
questões são apenas da ordem da linguagem. A dificuldade está em querer colocar
todas as crianças no mesmo “pacote”. Esse procedimento é ineficaz na medida em
que engessa o trabalho da escola e encharca o sistema de saúde com crianças
sendo tratadas como “especiais” quando muitas vezes a questão é somente da
ordem da linguagem.
O atendimento
psicopedagógico entra como suporte transitório e circunstancial, por meio de
interações com jogos, mobilização com atividades corporais, gráficas e, lúdicas
são ferramentas que podem ajudar a vencer os desafios de forma lenta e gradual.
Isso porque o trabalho de sensibilização e criatividade estimulam a autoestima,
o autoconhecimento, a superação de desafios, em busca do saber próprio tanto da
criança que se apresenta com boa cognição como aquelas que necessitam de
mais estímulos para desenvolver determinadas habilidades. Esse deve ser um
processo lento, individual e gradativo. E é dessa forma que a criança vai
entrar no grupo, - de forma lenta e gradual. Aos poucos ela sentirá parte do
grupo e o grupo a acolherá como parte dele. Uma criança que se destaca seja por apresentar necessidades especiais ou
dificuldades de aprendizagem não pode cair simplesmente de “paraquedas” dentro de uma sala de aula. Há necessidade de uma intervenção
psicopedagógica e, na maioria das vezes, também fonoaudiológica.
A intervenção psicopedagógica deve ser voltada às possibilidades do sujeito tornar-se conhecedor de si e de suas possibilidades e, ao mesmo tempo para a psicopedagoga conhecer a relação que este estabelece com o conhecimento, com o “outro”, bem como, a forma que articula o seu corpo, organismo, desejo e, sua inteligência, buscando assim, a confiança em si e espaço para as novas aprendizagens. As estratégias psicopedagógicas podem ser organizadas previamente a partir da necessidade real de cada criança, tais como: adaptações motoras, atividades adequadas à modalidade de aprendizagem correspondente, vivências sensório-motoras, construções referentes ao campo conceitual e, orientações à família e a escola. Esta mediação viabiliza a interação e vínculo entre a psicopedagoga e a criança, a professora e a criança, a criança e a família e, visará reorganizar e refazer o saber da criança rumo à sua autonomia, socialização e realização pessoal dentro de suas reais necessidades.
A intervenção psicopedagógica deve ser voltada às possibilidades do sujeito tornar-se conhecedor de si e de suas possibilidades e, ao mesmo tempo para a psicopedagoga conhecer a relação que este estabelece com o conhecimento, com o “outro”, bem como, a forma que articula o seu corpo, organismo, desejo e, sua inteligência, buscando assim, a confiança em si e espaço para as novas aprendizagens. As estratégias psicopedagógicas podem ser organizadas previamente a partir da necessidade real de cada criança, tais como: adaptações motoras, atividades adequadas à modalidade de aprendizagem correspondente, vivências sensório-motoras, construções referentes ao campo conceitual e, orientações à família e a escola. Esta mediação viabiliza a interação e vínculo entre a psicopedagoga e a criança, a professora e a criança, a criança e a família e, visará reorganizar e refazer o saber da criança rumo à sua autonomia, socialização e realização pessoal dentro de suas reais necessidades.
Maria Teixeira
www.psicopedagogamariateixeira.com.br
* Segue anexo os links das minhas publicações mais recentes
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